Indicadores de depressão em idosos institucionalizados e os que vivem na comunidade: uma revisão de literatura
Resumo
Introdução: No Brasil, a definição legal de idoso é estabelecida pelo Estatuto do Idoso, instituído pela Lei nº 10.741/2003, que considera idosa a pessoa com 60 anos ou mais. A prevalência de depressão em idosos tem sido associada a múltiplos fatores biopsicossociais, incluindo aspectos de institucionalização e situações de abandono familiar, que podem intensificar sentimentos de solidão e vulnerabilidade emocional.Objetivo: Descrever os indicadores de depressão em idosos institucionalizados e os que vivem na comunidade. Metodologia: Revisão bibliográfica de natureza básica descritiva, com abordagem qualitativa com buscas nas bases de dados como Google Scholar, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), juntamente com consultas websites científicos, portarias do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Gerontologia e no Censo. Foram incluídos artigos com acesso livre em inglês, português e espanhol, publicados a partir de 2020, que abordam indicadores de depressão em idosos institucionalizados e na comunidade, excluindo-se os não alinhados ao tema ou sem acesso completo. Conclusão: O processo de envelhecimento gera no idoso o sentimento de inutilidade sabendo que não tem mais condições de exercer as funções de quando era mais jovem, reforça o sentimento quando o mesmo é retirado da comunidade e institucionalizado. Com isso, acarreta um grave sentimento de depressão. A depressão prevalece mais nos idosos que estão nas ILPs, principalmente nas mulheres. Com isso, as instituições têm o papel de entreter e tornar menos doloroso o processo de internação.
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